Friday, December 27, 2013

Rans XStream Clone

Últimas alterações: larguei de vez a barra que servia de apoio ao assento, que fica assim apoiado (aparafusado) directamente ao quadro, na maneira "tradicional". Fica mais baixo, mas todo o conjunto fica visualmente bastante mais fiel ao original. Não se consegue perceber nas fotos (o tempo tem estado mau o suficiente para não dar para ir tirar fotos para a rua, pelo que estas foram todas tiradas dentro de casa), mas a roda da frente perdeu 6", agora é uma 20-26. Apesar da aposta que tinha feito na 26-26, parece-me que a vou deixar assim mesmo (ao contrário do que pensava, ficou mesmo muito bem assim).
Tive que dobrar os tubos que ligavam à barra que removi, para os poder soldar directamente ao quadro. A triangulação está por isso bastante alterada, mas não notei qualquer quebra na performance - a traseira mantém-se muito rígida. Com todas estas pequenas alterações, creio que já está na hora de desmontar tudo para dar uma pintura final - Vai ficar em duas cores, vermelho e preto.
Uma nota para as duas rótulas que aparecem nas imagens: são para segurar um sidecar que também já comecei a construir.






Friday, August 23, 2013

Há trinta e dois aninhos:

Era eu chavalito, e como qualquer chavalito naquela altura pensava, pensava eu que o meu pai era o maior pai do mundo, e que o carro dele (que calhava a ser um mini) era o melhor carro do mundo. Não que eu percebesse de carros, mas conhecia muito bem aquele em particular. Um mini beije amarelado, com o fundo pintado de laranja-vivo, com a matrícula a começar por CP-. Claro que sei o resto de cor. Aquele carro estava nas fotos tiradas em dia de praia em Paço-de-Arcos (lembram-se da bola de praia da Nívea?), estava nas fotos dos piqueniques na quinta da Bemposta, estava nas fotos dos pequenos passeios que conseguíamos dar.
Há trinta e dois aninhos deixou de estar. Como quase sempre, teria que ser da pior maneira possível. Não vou entrar em detalhes, mas ainda hoje me sinto devedor da boa-vontade e do desprendimento de pessoas de quem não sei o nome, de pessoas anónimas, de médicos, de enfermeiros, de pessoal auxiliar, das senhoras que faziam a limpeza, das cozinheiras - que nunca conheci - mas que faziam uma carne assada com esparguete magníficos, enfim, de toda a gente que, de algum modo, directa ou indirectamente, no cumprimento do dever ou por humanidade, contribuiram com a sua parte para algo que me é muito especial. Para um puto que partiu as duas perninhas, que andou engessado quase meio ano, a coisa foi relativamente simples: aceita-se a realidade como ela é, e vai-se crescendo com isso e a aceitar isso, interioriza-se e ganha a pátina da naturalidade.
Há oito dias fui à Torre. Dia quinze, dia de Volta na Serra. Subi, de Manteigas, na amiga do costume, e encurtando uma longa história, custou-me muito, foi-me muito difícil principalmente pela falta de treino nos últimos meses. Mas consegui, muito mais pela vontade do que pela capacidade. E lá em cima lembrei-me desses dias que começaram há trinta e dois anos atrás, e é claro que tinha mesmo que conseguir chegar lá acima. Afinal de contas, foi muita gente a ajudar.


Novo Código da Estrada

No Lisbon Cycle Chic, uma entrada para a análise Jurídica do novo Código da Estrada - Comentário às alterações das normas respeitantes à bicicleta, um texto muitíssimo bom da autoria do Pedro Galrinho Portela e, do ponto de vista de um leigo, aparentemente bastante bem fundamentado e cuja leitura recomendo vivamente a todos. É uma ajuda preciosa no sentido de entendermos correctamente a abrangência de cada uma das normas, a razão que presidiu à inclusão (ou não) de outras normas e as zonas cinzentas em que persistiu alguma ambiguidade (para melhoria futura, espera-se).
O que me fica da leitura deste texto - e de outros, com comentários e opiniões mais ou menos concordantes com o sentido destas alterações - é consistente com a minha experiência do dia-a-dia. Sou peão, utente de transportes públicos, automobilista ou motociclista e, sempre que posso, ciclista; o que sinto em cada um destes "papéis" é, acima de tudo, que o usufruto de um bem que temos que partilhar - as vias de comunicação - se faz quase sempre com uma postura de grande intolerância e desprezo pelos princípios da boa convivência cívica - e das normas instituídas. Não de partilha, mas de conquista do espaço individual, e é um erro em que todas as partes tendem a incorrer.
Relativamente aos princípios da responsabilidade (ou responsabilização) civil de condutores de veículos automóveis e às comparações com outras realidades de Países que estão alguns anos à nossa frente na diversificação de infraestruturas de comunicações (nomeadamente a Holanda) a questão afigura-se-me razoavelmente simples, e deriva em grande medida da necessidade da partilha do espaço público em zonas de coexistência de tráfego (ruas estreitas em zonas antigas das cidades, em que não seja possível reservar faixas para ciclovia). Em caso de um sinistro que envolva um automóvel e uma bicicleta, a responsabilidade NÃO é automaticamente do condutor do veículo automóvel; o princípio é, efectivamente, um pouco mais refinado e abrangente do que isso, e será algo semelhante a isto: cabe ao condutor do veículo coma capacidade de causar mais danos o ónus da prova de que fez tudo ao seu alcance para evitar o acidente. Aplica-se a camiões, carros, motociclos, ciclomotores, bicicletas e peões, se não estou em erro exactamente por esta ordem relativamente a todos os outros. É um princípio do ordenamento da partilha do espaço público em condições da maior igualdade possível por todos aqueles que o fazem. Ou seja, não preconiza direitos especiais a nenhum dos grupos de utilizadores do espaço público, mas sim o direito à utilização do mesmo por todos em iguais condições de segurança. Trata-se mais da imposição do dever do cuidado a todas as partes.
Parece-me contudo óbvia a necessidade de uma maior fiscalização por parte das autoridades. Muitos dos comportamentos irresponsáveis a que assistimos diariamente nas nossas estradas devem-se, acima de tudo, à tolerância social com comportamentos de risco ao volante - consumo de álcool, utilização de telemóveis e excesso de velocidade - e também à falta de fiscalização e à suavidade das penas aplicadas, factores que, quando conjugados, criam a imagem de um estatuto de impunidade de facto para com este tipo de comportamentos.

Monday, July 15, 2013

Rans XStream clone - ensaio


Fotos da versão actual em ensaio. O assento com uma inclinação muito menos pronunciada - cerca de 30º com a vertical) e mais subido no quadro, para permitir a passagem directa da corrente, que é a solução mais eficiente do ponto de vista mecânico:


Os mesmíssimos problemas com a passagem de cabo para o desviador e travão traseiros - os cabos que encontrei não ultrapassam os 2 metros (creio que na decathlon há mais compridos) mas para já estes são os que estavam "à mão", e vão ter que servir até melhor solução:


Detalhe do suporte do assento: para já é apenas um tubo com 30x30 de secção com 1,5 mm de espessura e que permite (em conjugação com o garfo traseiro) uma flexibilidade vertical perceptível, creio que em grande parte também pelo facto de estar bastante à frente do eixo traseiro - comparativamente com uma bicicleta standard, claro - mas tenho a sensação de que mais cedo do que mais tarde terei que triangular esta zona para evitar dissabores.




Guiador: optei por substituir o sistema de mudanças da Shimano por um Grip Shift de oito posições da SRAM. Dado que estou a utilizar um desviador traseiro e uma cassete da Shimano, tive algum receio com a falta de compatibilidade dos componentes, mas até ver o que falha parece ser falha de afinação. O manípulo da pedaleira tinha-me sobrado de uma qualquer bicicleta velha, mas funciona na perfeição e como tal fica. Estes manípulos parecem-me ser bastante mais práticos, funcionais e menos intrusivos do que os da Shimano - e mecânicamente mais simples e eficientes.


Um dos detalhes problemáticos: Não me apercebi de início, mas o tubo que suporta o desviador dianteiro tem um diâmetro demasiado pequeno, o que me forçou nesta fase a improvisar com um calço em alumínio - a solução definitiva passará seguramente pela substituição por um de diâmetro superior. Ainda assim, funciona bastante bem.


Um outro pormenor de qualidade: como soldei a caixa da pedaleira ao contrário, para o desviador operar correctamente só consigo montar uma pedaleira de estrada (53-43-30) ou esta SPS Durango - andei à procura e não encontrei nenhuma referência a isto, o que é normal, dado que foi "herdado" da primeira BTT que comprei (há demasiado tempo, vá). Decidi-me pela pedaleira mais pequena, creio que me vai ser mais útil do que a de estrada, pelo menos para já.



Um detalhe do "garfo" traseiro adaptado: a cassete encaixa na perfeição no espaço disponível, os travões funcionam bastante bem (não funcionam melhor devido ao comprimento do cabo, o que para já é incontornável) e todo o conjunto acaba por ter um ar bastante "limpo".


Outra perspectiva da roda traseira. Seja qual for a mundança, a corrente passa acima do travão com muita folga.


Alguns detalhes do assento: a espuma azul está ali temporáriamente, mas na realidade é tão confortável que estou a pensar em arranjá-la numa solução definitiva visualmente menos chocante, claro.


Relativamente ao desempenho: a posição mais vertical é bastante melhor no que concerne ao equilíbrio, o que melhora drásticamente o comportamento em baixas velocidades, e com a vantagem adicional de diminuir não só o comprimento total do guiador, como o desvio relativamente ao eixo da direcção (tail); o conforto é, como seria de esperar, fora de série. Relativamente à velocidade... logo se verá.

Pausa para outras coisas importantes: correntes.

A pergunta vale para qualquer bicicleta, mas quando se tem uma bicicleta que tem uma corrente com um comprimento que é quase o quádruplo do normal , assume outra dimensão: qual a melhor forma de limpar e lubrificar a corrente? 
(Antes de continuar, um apontamento de segurança: leiam o post todo antes de se decidirem a experimentar este processo, nem que seja para mudarem de idéias ;) ).
Cada um de nós terá um método preferencial baseado na experiência pessoal, no bom conselho de alguém que entende do assunto ou na boa-fé de acreditar no conselho de um vendedor melhor intencionado, ainda assim nunca é demais acrescentar uma nova possibilidade, que descobri há algumas semanas exactamente quando pesquisava por este tópico. Não desmerecendo qualquer das soluções em voga - desde a utilização de óleo para correntes de motos, o eterno WD40, os produtos da Decathlon, óleo fino (chamado de óleo de máquina de costura), lubrificantes à base de silicone, óleo do motor (do carro), outros produtos recomendados pelos diferentes fabricantes, etc etc etc, esta solução pareceu-me interessante o suficiente para a testar, e passo a explicar o porquê.
O processo de limpeza e lubrificação de uma corrente é sempre feito em duas fases, tal como o nome indica - acrescentar lubrificante sem limpar é o mesmo que deixar uma lixa nº5 na corrente que vai crescendo ao longo do tempo, diminuindo assim a vida útil da corrente, da pedaleira, da cassete e dos desviadores - para já não falar no aspecto. A lavagem é feita normalmente com a) água (quente ou fria, à pressão ou não, com ou sem detergente, com uma escova própria ou adaptada - como uma velha escova de dentes, por exemplo) ou b) com um produto de "lavagem" - um óleo fino e barato ou WD40 ou um agente de limpeza similar. Problemas: a) enxaguar e deixar secar muito bem a corrente ou b), deixar escorrer o agente lavante. Problemas, quando a água evapora começa quase de imediato o processo de corrosão, não é assim tão simples secar completamente uma corrente e ainda pior é deixar escorrer completamente o agente de lavagem. É mais ou menos claro que em ambos os casos o agente lubrificante a aplicar depois vai ter alguns problemas em fixar-se nas zonas onde é efectivamente mais necessário. Parece portanto óbvio que a solução deva passar por um qualquer produto que seja em simultâneo um bom agente de lavagem e um bom lubrificante - e barato.
Ora, de acordo com a informação que consegui obter em diferentes fóruns, esse produto existe, é utilizado com sucesso há muito tempo e apenas peca por ser barato o suficiente para não interessar. Chama-se parafina, e na forma sólida é utilizada para fazer velas - entre outras coisas. Vende-se em placas e tem um aspecto semelhante ao da foto:


De acordo com o que consegui apurar a parafina foi muito utilizada - em tempos de menor criatividade e capacidade tecnológica - com muito sucesso na tarefa de limpeza e lubrificação não só de correntes como de outras peças mecânicas mais ou menos complexas. O processo é relativamente simples: derrete-se a parafina num recipiente em banho-maria e com lume baixo (isto porque a parafina é inflamável e a última coisa que queremos é pegar fogo à casa), tal como apresentado na foto infra - duas panelas de alumínio baratas fazem perfeitamente o serviço, o truque é ferver primeiro a água, baixar o lume e meter dentro da panela maior a menor com a parafina partida em porções pequenas.


Quando a parafina fica completamente liquefeita está na hora de dar banho à corrente. Dado que tinha uma quantidade razoável de parafina (tinha duas correntes para limpar, uma das quais "king size") decidi apagar o lume, por precaução, e com um arame revestido com uma camada plástica (dos utilizados nas redes de jardim) enganchei as correntes e lavei-as literalmente na parafina, recorrendo a uma velha escova de dentes para ajudar a remover a sujidade superficial mais difícil. O banho deverá ser, como qualquer banho, tão enérgico quanto possível do ponto de vista mecânico, e dito isto é absolutamente impressionante a quantidade de sujidade que uma corrente aparentemente limpa consegue largar na parafina líquida. NOTA MUITO IMPORTANTE: A parafina líquida está seguramente MUITO QUENTE, e se entrar em contacto com a pele "cola" e provoca no mínimo uma forte sensação de dor, no pior dos casos queimaduras sérias. As luvas não estão ali para "fazer o bonito", é mesmo para proteger, e não é boa idéia tocar na corrente nesta fase - estará seguramente tão quente como a parafina.
Nesta foto, a corrente "grande" enganchada no arame em dois elos antes de ir ao banho.


E finalmente ambas as correntes a secar - utilizei uma embalagem de cartão de uma pizza, sempre soube que me iria ser útil, não imaginava o quão útil seria. Uma descoberta que fiz depois é que deveria ter deixado as correntes a secar na vertical, de modo a poderem escorrer o máximo de líquido possível - todo o excesso vai ficar agarrado à corrente sob a forma de pequenas porções de cera, que no caso tornaram algumas partes da corrente "rígidas" e mais tarde acabaram desfeitas em pequenas lascas que não dão o melhor dos aspectos ao trabalho final.


Depois de esticar, torcer, retorcer e "amaciar" as correntes, sacudi-as bem e coloquei-as nas bicicletas respectivas. Algumas voltas depois tudo ficou com melhor aspecto com a excepção das cassetes e dos desviadores traseiros, que estavam cheios das tais lascas de cera.
Vantagens da parafina: é um excelente agente lavante (comprovado), um bom lubrificante (para já tudo leva a crer que sim), no estado líquido entranha muito facilmente em toda a corrente (comprovado) e depois de solidificar impede a acumulação de pó e outros detritos (tudo leva a crer que sim).

Last but not least - e deveria ter vindo no início: Como tirar a corrente da bicicleta sem ficar com menos dois elos?
Para quem tem correntes com quick links SRAM, basta seguir o vídeo abaixo:
(para voltar a reconstruir a corrente basta voltar a inserir o link se este estiver em condições, caso contrário utilizar um novo)


E para correntes com master link, o processo é este:

Tuesday, July 09, 2013

Rans XStream clone - ensaio nocturno com guiador

Já dá para ter uma idéia aproximada do aspecto final. O poste do guiador vai ainda levar um corte para ficar um pouco mais baixo, mas no geral é isto mesmo.




Rans XStream Clone Update

Seguem algumas fotos dos progressos. Na primeira é visível uma barra soldada sobre o quadro, barra essa que iria suportar o assento, que ficava assim nivelado com a pedaleira. Foram mais os problemas que me criou do que os que me resolveu, pelo que decidi removê-la e aparafusar o assento directamente no quadro, tal como se pode observar (mal) na terceira foto, tirada já de noite. Voltei assim ao cenário inicial, com um quadro mais simples, mais elegante e mais leve. Só vantagens. O guiador ainda não está feito, para já tem este "coto" para fazer as vezes de.

O quadro ainda com o "apêndice":

O quadro, versão final, depois da rebarbadora:

E aqui já com o assento (o do costume) aparafusado na posição final. Não é seguramente a melhor foto, mas é a foto possível. Espero conseguir melhores nos próximos dias para deixar aqui. Faltam ainda uns quantos pormenores da maior importância, mas cada coisa a seu tempo.

E a inevitável comparação com a (defunta) "irmã" mais velha, apesar de a foto não estar à escala (o poste é o mesmo). Para além da côr (óbvio) saltam à vista alguns pequenos detalhes muito interessantes: toda ele é comparativamente mais baixa, ligeiramente mais curta, com um aspecto mais ligeiro e menos de tanque de guerra atamancado. Não tem suspensão (vamos ver se não vou chorar por umas molas naquela roda traseira) e, espero, que com esta geometria modificada consiga melhorar (diminuir) significativamente as dimensões do guiador. A cablagem será seguramente grande na mesma, mas não se pode ter tudo.


A pedaleira fica agora razoavelmente acima do nível do assento, mas creio que isso não será impeditivo de nada - talvez traga algumas limitações ao nível das subidas mais íngremes, mas curiosamente a melhor "trepadora"reclinada que tive até hoje foi a clone da Bachetta Strada, e dá para perceber que nesta a pedaleira ainda está mais alta. Ou seja, digamos que no presente caso fico com uma solução intermédia entre os dois extremos.


Thursday, June 20, 2013

XStream clone

Durante a semana há pouco tempo para grandes avanços, ainda assim...
Hoje consegui soldar o suporte do desviador traseiro, e mesmo com o guiador provisório - demasiado pequeno para a versão definitiva - encaixei um selim que tenho ali de lado no quadro e fui testar ali a descida ao cimo da rua... devagarinho, que ainda faltam ali os travões, entre outras coisas. E... Assim de repente e apesar de ainda não estar terminada de todo, é muito mais leve do que a anterior, e no mínimo tão rígida. Apesar de ter sido apenas um pequenino teste - nem sequer foi uma grande volta - fiquei com a nítida sensação de que a suspensão dianteira não é de todo necessária, em relação à traseira logo se verá. O assento ficará sempre uns bons 10 cms à frente da roda traseira, o que vai me quase seguramente obrigar a fazer uma triangulação nesta zona para evitar surpresas desagradáveis.

Wednesday, June 19, 2013

Uma abordagem interessante

E uma maneira de perspectivar a utilização (ou não) da travagem regenerativa em e-bikes fundamentada em cálculos simples. Aqui.

Tuesday, June 18, 2013

XStream clone, interlúdio

Assim de longe não se notam muito as imperfeições - tem umas quantas, claro, como não podia deixar de ser. Aqui já com a pedaleira na posição definitiva, o guiador não é este nem vai ficar assim... o assento está preso com um grampo e a corrente está completamente solta (na realidade está aberta, creio que não se vê o arame que a está a prender, ainda tem que passar pelos desviadores.
Tenho que fazer algumas alterações ao suporte do desviador dianteiro, ainda falta soldar o apoio do cabo do desviador, falta também o suporte do desviador traseiro, o guiador e o apoio do assento... E claro, a cablagem toda, luzes... E o próprio assento, que ainda tem que levar umas camadas de fibra de vidro, para reforço.


Sunday, June 16, 2013

XStream clone

Acabadinha de acabar, que é como quem diz, o quadro está quase, primeira foto. O apoio da roda traseira é o garfo do post anterior, eventualmente ainda irá ser reforçado com algum tipo de triangulação.
Para reduzir o peso tanto quanto possível sem perder na rigidez optei pela utilização do tubo quadrado de 30 mm com 1,5 mm de espessura - inicialmente pensei em fazer a parte superior em 35x35 e a inferior em 20x20, mas isso ia-me deixar com um problema sério de resistência na parte traseira do quadro, e o peso final ia dar praticamente no mesmo.
Falta quase tudo, o guiador terá que ser à medida, o assento idem e ainda não soldei a caixa da pedaleira. O comprimento total ronda os 2,40 mts (um pouco menos, mas arredondando é isso) e creio que é possível terminar com um peso inferior a 20 Kgs.
O garfo não tem aquela curva (rake) que o utilizado pela Rans tem, este é apenas um garfo standard de uma bicicleta de cidade - não é particularmente leve, mas é bastante resistente.


Há algumas melhorias relativamente à LWB que fiz anteriormente: a primeira e nem por isso muito óbvia (ainda) é a redução do comprimento - vai ser bastante mais perceptível com o assento e a pedaleira no lugar. Isto, associado à utilização de uma tubagem com uma secção menor, uma geometria mais eficiente e uma secção traseira simplificada (e sem suspensão) assegurará uma diminuição de peso que será seguramente bastante relevante. A geometria da direcção também é um pouco mais conservadora, mas graças à diminuição de comprimento consegue ainda assim reduzir em muito o efeito "tail" na direcção.

Thursday, June 06, 2013

Ainda sem fotos...

Estou a dedicar-me a mais uma reclinada. Uma grandota, desta vez - não que tenha alguma vez conseguido fazer alguma que pudesse considerar de "pequena", mas é mais uma das longas, e mais um clone - tal como já tinha tentado um clone de uma Bachetta Strada, agora decidi-me por uma coisinha com mais uns centímetrozitos de comprimento, e estou algures no início de algo semelhante a uma Rans XStream como a da imagem:


Vamos ver até que ponto as semelhanças se vão manter. Para já tenho um plano à escala com todas as medidas correctas. Este quadro - o da XStream - é bastante leve, apesar de a bicicleta completa pesar cerca de 15 Kg; parece-me claro que não vou conseguir chegar a estes numeros, dado que vou usar um material um "nadinha" mais pesado do que o alumínio (aço carbono regular, não consigo encontrar um sítio onde comprar aço 4130, bastante mais resistente e a permitir uma estrutura mais leve). Ainda assim e pelos cálculos que fiz, creio que conseguirei no final um quadro apenas ligeiramente mais pesado do que o clone da bachetta: é que na realidade o quadro em si é pouco maior, sendo a localização da roda dianteira o factor que mais contribui para o aumento do comprimento total da bicicleta. O comprimento total da cablagem será idêntico, bem assim como o da corrente; o garfo dianteiro será significativamente mais leve, e relativamente ao guiador e ao assento ainda não tenho uma idéia clara de como ficarão. Terei que fazer o assento de raíz, e de preferência adaptável (ao contrário dos anteriores) a e em função do quadro.
No sentido de manter o peso de alguma forma controlado - e tal como fiz com a anterior - vou prescindir da utilização de qualquer mecanismo de suspensão, incluindo a dianteira. E tal como na anterior, vou utilizar um garfo normal, absolutamente standard, "roubado" ao mundo das Btt para suportar a roda traseira. Contudo, e ao contrário do que fiz anteriormente, não vou alargar (forçar) o garfo dos 10 para os 13,5 cms. Foi uma experiência, mas foi uma má expêriencia: é muito difícil forçar uma estrutura concebida para um grau de resistência bastante elevado de forma a que se mantenha simétrica, e com a agravante de que os apoios dos v-brakes ficam inoperacionais.
Em alternativa, decidi-me pela seguinte alteração: cortei o garfo e voltei a soldar o suporte do eixo da roda de modo a alargar as vias, de acordo com as fotos:



A partir deste momento apenas foi necessário um ajuste muito ligeiro no sentido de garantir a operacionalidade total do conjunto. Esta solução é, quanto a mim, bastante melhor do que a anterior: mantém a integridade estrutural do garfo e a completa operacionalidade dos apoios dos travões. Como se pode ver da foto de cima, esta solução permite a utilização da cassette (à pele, mas completamente funcional). Como em qualquer coisa que tenha a ver com reclinadas, haverá seguramente que fazer uma concessão qualquer algures relacionada com o caminho da corrente.

Pese embora a fase muito inicial do projecto, pareceu-me importante deixar aqui este registo.