Pequenas Alterações III

Uma nova perspectiva. Na realidade idêntica à a "antiga". Os joelhos seguem ao nível dos olhos, mas bem mais à frente. Mantém-se a geometria e um comportamento dinâmico melhorado.


Uma panorâmica geral. Com o recuo do assento o passa-corrente ficou à vista. Apesar de ter subido igualmente cerca 3 cms, foi necessário cortar um dos apoios para permitir um movimento livre da corrente.


A obrigatória luz vermelha na traseira, talvez (ainda) demasiadamente baixa.


Vista superior. Percebe-se melhor a distribuição de peso com esta nova configuração.


Uma das luzes dianteiras. Não se nota (é uma foto diurna), mas tem uma excelente potência luminosa... estes LED's são seguramente uma das melhores invenções do Sec XX.



No geral está bastante bem. Considerando a falta de experiência, ter cumprido os objectivos iniciais foi excelente... mas se tivermos em conta que o móbil principal era a curiosidade de saber qual a sensação de andar numa "coisa" destas... Não tenho pretensões a bater records de velocidade, o conforto, estando a um nível bastante bom, poderia eventualmente ser melhorado. A diversão continua a ser garantida; o percurso de aprendizagem é curtíssimo (umas dezenas de minutos, se tanto, para quem já ande de bicicleta); talvez a característica mais difícil de controlar seja a travagem. Cada uma das rodas dianteiras tem um travão independente, não havendo nenhum na traseira... creio que não é de todo necessário (ainda); mais tarde ponderarei a necessidade de um travão nesta roda.

Pequenas Alterações II

Fotos do resultado (quase) final... O assento recuado 20 cms em relação ao original, e a roda 26" traseira substituída por uma roda 20". O quadro ficou agora paralelo ao chão, tendo o encosto um ângulo de exactamente 45º com a horizontal. A pedaleira ficou também um pouco mais elevada em relação à posição anterior, o que constitui uma melhoria a todos os níveis.


A nova roda traseira, com um pneu de 2"... 48 raios, como as dianteiras, mas com um veio de 10 mm (as da frente têm veios de 14 mm).


Uma comparação entre a antiga roda traseira e a nova (mais pequena). Pessoalmente gosto mais da nova aparência, e a dinâmica não tem comparação.

Notas de rodapé I

Tenho apanhado diversa informação acerca de HPV's na net, maioritáriamente em Inglês, há alguns sites em Francês, Espanhol e Alemão (e creio que também em Holandês). Em Português existe muito pouca informação, e a que existe está em sites Brasileiros, o que nos remete a nós, Portugueses, ao grupo daqueles que só andam de carro. O que não deixa de ser realidade sob determinados pontos de vista; a grande maioria de nós sai de casa com a bicicleta em cima do tejadilho do carro quando vai andar de bicicleta... Também vamos de carro comprar o pão de manhã... o que revela que a bicicleta não é um veículo do dia-a-dia, ao contrário do que acontecia há algumas décadas atrás. Revela igualmente que as nossas cidades não estão pensadas para a bicicleta, tal como não estão pensadas para o peão - estão (sub)dimensionadas à medida do automóvel. Existem muito poucas pistas para ciclistas, tal como os passeios são demasiadas vezes muito estreitos para que dois peões se cruzem; o ciclista está na base da cadeia alimentar, abaixo do peão, que por sua vez está abaixo de qualquer veículo motorizado. Parece-me uma inversão do objectivo de uma cidade, com custos óbvios na qualidade de vida de quem aí habita e trabalha. Numa época em que o preço dos combustíveis dispara para valores astronómicos temos que encontrar forçosamente alternativas viáveis - e saudáveis; a bicicleta, seja qual for a sua forma, pode fazer parte da solução - nunca de per si, mas em conjunto com políticas mais realistas de utilização das vias e transportes públicos e, acima de tudo, mercê de uma mudança radical de mentalidades.

Pequenas Alterações

Após os testes iniciais, forçosamente cautelosos, cheguei a algumas conclusões interessantes:

1º - Falta espaço para as pernas. Aparentemente fiz mal as contas ao comprimento entre o assento e a pedaleira, ou, menos provável, cresci bastante nas últimas semanas. A verdade é que na posição mais recuada do pedal ficava com os joelhos quase a bater no tórax (passe o exagero), o que implicava fazer muita força para pedalar. Muito pouco prático, físicamente desgastante e a pedir problemas nos joelhos.

2º - Falta de tracção. O motivo pelo qual escolhi esta configuração (tracção traseira) foi exactamente por ser (em abstracto) a mais favorável no que respeita à tracção. De acordo com as medições que fiz, conseguia (no máximo 25 Kg, 20 Kg em média) de peso na roda traseira (para um total de 110 Kg, 90 meus mais 20 do triciclo).

Solução: Recuar o assento ou aumentar a distância entre o eixo dianteiro e a pedaleira. Esta segunda solução é menos vantajosa a todos os níveis: diminui o peso na roda traseira, o que piora a tracção, obriga a aumentar o braço da pedaleira cerca de 20 cm, e a aumentar a corrente 40 com... A primeira solução mantém a estrutura quase intacta; obriga a recuar o assento 20 cm, o que melhora significativamente a tracção; por outro lado, obriga quase seguramente a alterar a dimensão da roda traseira.

Depois de alguns cálculos e medições, optei por recuar o assento. Para manter a roda 26" atrás, tinha uma margem de cerca de 5 cm, largamente insuficiente; optando por uma roda 24", teria no total uns 10 cm, com a desvantagem de não conseguir facilmente um pneu com mais de 2" para esta medida; resumindo, optei por mais uma roda 20" na traseira, com um pneu de 2,2" e uma roda livre de 7 carretos (não encontrei rodas de 20" com cassette).

Vantagens: Com o assento recuado 20 cm, fiquei com a distância ideal à pedaleira; o peso na roda traseira aumentou dos 20 Kg para os 45 Kg (no máximo creio que andará nos 50 e poucos quilos). A tracção aumentou para níveis excelentes. Como o diâmetro da roda é menor, e em parte creio também que devido à posição melhorada, o esforço da pedalada é bastante menor - estou a pensar sériamente em prescindir do selector na pedaleira e andar sempre no carreto maior.

Desvantagens: A velocidade de ponta diminuiu claramente devido à diminuição do tamanho da roda traseira.