Monday, December 15, 2014

Velomobile V

Em dia de chuva de fim de semana arranjei mais um bocadinho para dedicar ao bicharoco. Desta vez foi a fixação da lateral esquerda (só a direita é que estava já aramada à placa do fundo) e também a embaladeira (o arco) da roda direita. Nas primeiras fotos, algumas perspectivas das duas laterais já montadas:




Nestas próximas imagens podem ver-se ambos os aros já montados - apenas um está  fixo, aramado na posição final, mas montei os dois para dar uma idéia mais definitiva desta parte do processo:



Podem ver-se aqui algum do detalhe da implementação desta parte específica: optei por aparafusar e colar duas ripas de secção quadrada (12X12) de lado a lado da fuselagem, para proporcionar uma maior base de apoio aos arcos das rodas. A embaladeira foi fixada directamente em ambas as ripas (aparafusada e colada), depois de aramada à lateral da fuselagem. Tomando algum cuidado com a ordem do processo, consigo ir eliminando folgas e, de alguma forma, manter a simetria do corpo dentro das tolerâncias.
A primeira constatação, após este passo, e sendo que tudo está literalmente preso por arames, é o extraordinário aumento da rigidez do conjunto pela simples adição de duas travessas e do arco da roda. Falta ainda a placa do fecho interior da roda, que, de acordo com os ensaios que fiz, aumentará ainda mais significativamente a rigidez do conjunto. Deixa-me com perspectivas bastante animadoras para os próximos passos e para um resultado final globalmente promissor.


Vista de frente do corpo. Falta ainda a parte do nariz, cuja forma final está dependente do espaço a ocupar pelos pedais. Esta será algo vagamente semelhante à deste velomobile (apesar de me ter esquecido de mencionar este blog no início, foi aqui que vim buscar algumas idéias que me ajudaram a simplificar a construcção.


Uma nota importante: os arcos das rodas são constituídos por duas placas de madeira perfeitamente rectangulares. Isto significa que, pese embora a flexibilidade da madeira, esta zona da lateral acabará por ficar mais ou menos plana. As superfícies planas, não curvas, não nos interessam por duas razões: não constituem vantagem mecânica e em termos aerodinâmicos devem ser evitadas, porque perturbam o fluxo laminar nos seus extremos. Neste caso não constituem qualquer preocupação, dado que correspondem à zona da abertura das rodas dianteiras, que de per si já é uma zona complicada quer em termos mecânicos quer em termos aerodinâmicos. 


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