Sunday, November 04, 2012

Bachetta Clone, dia 1

Até hoje tinham sido apenas umas voltinhas pela vizinhança, para ver como era, hoje é que teve o baptismo. Umas voltinhas de aquecimento, subi até ao castelo e segui em direcção ao Espichel. Nada por aí além, portanto. Tenho a musculatura das pernas a queixar-se um pouco mais do que seria o costume, o que é perfeitamente natural. Ainda não tenho os músculos certos a responder como deviam (nem os outros)...
Começando pelo mais fácil: a descer é fantástica. Em terreno plano é fantástica. Com mau piso, como qualquer reclinada, torna-se algo trepidante - não há a possibilidade de levantar o rabo do selim... Ainda assim vou trocar aquele pneu traseiro por um mais maneirinho, apesar de o Michelin ser fabuloso na absorção das irregularidades - em boa verdade, aquele pneu é "A" suspensão traseira. O amortecedor dianteiro, pese embora a falta de pedigree, cumpre com distinção nestas situações. Mas voltando o capítulo da performance, confirmei as minhas suspeitas: é muito previsível e equilibrada. Bom balanço, boa distribuição de peso f/t, resposta "nervosa" em baixas velocidades, bom equilíbrio. Enfrenta as subidas com razoável à-vontade, o limite é mesmo a capacidade do motor - esta foi uma sensação quase constante, irei sempre atingir o meu limite antes de chegar ao limite da bicicleta, pelo menos nos tempos mais próximos. A escolha da pedaleira foi a correcta: não sei se um prato de 24 dentes seria muito útil neste conjunto, mas os 53 do prato grande fazem um trabalho absolutamente fantástico. Em terreno plano ajudam a manter uma cadência razoável para uma velocidade um pouco mais elevada (não tenho termo de comparação para além do "parece-me que", mas na realidade tive a sensação de que conseguia ir  perceptivelmente mais depressa do que na minha btt na grande maioria do percurso, seguramente que sim em todas as descidas, por suaves que fossem, quase de certeza que sim em terreno plano.
Depois de ter apertado o travão traseiro ao limite do aceitável, acabou por ficar a funcionar bastante melhor, e sinceramente, não senti para já a necessidade de mais poder de travagem do que o que tenho - em combinado com o travão dianteiro são em princípio suficientemente potentes para uma travagem mais enérgica.
No global, parece-me ser de longe a melhor reclinada que já construí. Simples, bastante "limpa" de formas, comparativamente mais leve do que as restantes (consegue mesmo ser mais leve do que a última que tinha construído, de tracção dianteira) - o suficiente para conseguir um desempenho honesto em subida, muito equilibrada, fácil de "pilotar" e bastante agradável. 
As reacções vão desde a incredulidade até ao comentário bem disposto, na realidade ninguém fica indiferente a esta bicicleta "esquisita". Pode ser que pegue a moda.

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