Ando (ainda) com um problema por resolver: a corrente "salta"... mas assim de uma maneira parva. Quero dizer, agora já não tanto, mas antes de ter feito alguns "updates", era assim mesmo. Saltava e "comia" uns quatro ou cinco dentes de seguida. E foi a tal ponto que ganhei medo de levantar o rabo do selim para pedalar, porque por duas vezes a coisa ia correndo mesmo muito mal - numa delas estive a um bocadinho de passar por cima do guiador, na segunda fiquei com uma negra na parte de dentro da coxa. Isto em dois dias seguidos.
Depois de andar à procura pela net, descobri que poderia eventualmente ser da corrente, que afinal de coisas estas coisas criam folgas... E eu a pensar que só as correntes das motas é que tinham esse problema, não me cabia na cabeça que o simples esforço da pedalada conseguisse "esticar" uma corrente. Mas a verdade é que estica, e não é pouco. A foto de baixo mostra apenas o que sobrou da corrente nova ao lado da velha, mas dá para ter uma idéia clara da diferença: em três ou quatro elos é visível a olho nú - a corrente de uma bicicleta normal tem umas dezenas largas de elos (cento e?). Pensei eu, grande besta que consegues dar cabo de uma corrente daquela maneira. Loucura. Depois de mudar a corrente, uma voltinha de teste. Ia deixando qualquer coisa agarrada ao quadro da bicicleta. Nada ainda. Decidi trocar o desviador traseiro dado que o que estava na bicicleta tinha uma folga fenomenal. Voltinha de teste, loucura total, assim que levanto os glúteos do selim, "crrrrrraaaaack" e já está. Mais um balde de fracasso. Decidi-me então por trocar a cassette, apesar de esta não ter sinais visíveis de desgaste. Foi quando me apercebi que a peça que suporta a cassette estava com uma folgazinha substancial... Pergunto-me se será natural...
Entretanto decidi-me por um teste à compridona cá de casa: trocar a roda 20" da frente por uma roda 26". Porquê? Bem, há uma série de razões válidas e plausíveis, mas acima de tudo foi porque me apeteceu. Ok, na realidade há umas quantas vantagens: uma roda maior é menos sensível ao estado do piso, permite um controlo da travagem mais preciso, e tendo as duas rodas da mesma medida só tenho que carregar uma câmara de ar sobresselente. Agarrei num garfo (com suspensão) que tinha de lado, uma roda da frente e um pneu geax 1,9" que guardo para situações destas, et voilà, ficou assim:
Creio que é perceptível nas fotos (principalmente nesta de cima) que a simples alteração do tamanho da roda conduziu a alterações significativas na geometria: o tubo superior do quadro já não está na horizontal, a inclinação do assento é mais pronunciada, bem assim como a da caixa da direcção, o que faz variar todos os parâmetros da geometria da direcção. Com que consequencias? Era o que queria determinar. Depois de algumas voltinhas curtas pela vizinhança, sinto que está mais estável, bastante mais confortável e com um comportamento em curva de longe superior. A travagem também saiu largamente incrementada, e eu diria a medo que esta ligeira subida no eixo pedaleiro permite um acréscimo (tambem ele ligeiro) do torque na pedalada - pelo menos sinto a bicicleta algo mais leve, não sei exactamente descrever a sensação, mas a única conclusão razoável a que chego é essa, dado que a bicicleta não está nada mais leve.
Na foto de baixo uma alteração de que ainda não tinha falado: pintei a parte de trás do assento de vermelho-vivo e colei-lhe uma fita reflectora a toda a largura. Torna-se muito mais visível - e seguro - à noite.
Tenho uma forte sensação de que a roda 20" vai ficar de lado por algum tempo. Não é por mais nada, é mesmo porque a sensação com que fiquei é a de que esta bicicleta como que foi feita para ser uma dual 26" e não uma 20-26. Ainda assim, aquele trail exageradíssimo ainda há-de trazer algumas surpresas.
No comments:
Post a Comment